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 Quando Procurar Ajuda

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Quando Procurar Ajuda Empty
MensagemAssunto: Quando Procurar Ajuda   Quando Procurar Ajuda EmptyDom Set 14, 2008 10:57 am

Estou postando este artigo, por achar que é de utilidade a todos os
profissionais de segurança pública, independente da especialização de cada um. O artigo foi motivado em virtude da perda de dois companheiros de profissão, que não suportaram o stress da profissão, e que por estarmos ocupados demais com a segurança da sociedade, esquecemos de olhar ao nosso redor, e ver que logo ali, ao nosso lado, o companheiro esta necessitando de socorro, ele grita e não o escutamos, por puro egoismo ou autoconfiança, que estamos imunes as mazelas da vida.
Espero que o texto possa trazer um momento de introspecção.
Um grande abraço dessa policial.
Glória

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ARTIGO: QUANDO PROCURAR AJUDA

Quando Procurar Ajuda Cnr_promo_right
[url=http://inactivadoresforum.virtuaboard.com/javascript:abrirJanela('noticias/1899g.jpg')]Quando Procurar Ajuda 1899[/url]Sabemos que a maior fonte de stress hoje em dia está no ambiente de trabalho, onde passamos grande parte de nosso tempo e surge o maior número de conflitos, na medida em que precisamos conviver tão proximamente com pessoas que pensam e agem tão diferentes de nós.

Podemos perguntar: que aspectos do dia-a-dia da função policial podem causar stress?

Iniciamos pelo aspecto que consideramos mais desgastante: o contato com a violência diária vivida com as pessoas que procuram uma delegacia. O contato com o lado violento do mundo pode gerar no policial uma constante descrença no ser humano. Deixar de acreditar no humano pode nos tornar menos humano, correndo o risco de perdermos a referência do que é certo e do que é errado. Perguntas como "em quem posso acreditar?" e "em quem posso confiar?" ficam evidentes nos policiais que nos procuram.

Um outro aspecto gerador de stress é a relação com os colegas de trabalho, especialmente quanto à discordância no que diz respeito aos procedimentos de trabalho. Conviver é uma arte que exige respeito às diferenças. As relações são vias de mão dupla e negociação é a palavra-chave para a diminuição dos conflitos relativos a escolha de procedimentos para execução de uma tarefa. Incluindo nesse item as chefias, as quais são consideradas peças fundamentais para a diminuição de conflitos, entendemos que precisariam elogiar mais, incentivar mais, exigir mais e não abandonar seus funcionários quando os mesmos enfrentam conflitos com seus colegas. A questão é que as chefias também estão em situação de stress e manter uma liderança saudável exige saúde emocional.

E, por último e não menos importante, está a relação com a família e consigo próprio. Problemas relativos aos ciclos de vida que são comuns a todos nós como casamento, nascimento de filhos, filhos adolescentes, aposentadoria, morte, etc..., são geradores de stress na medida em que necessitam de novas adaptações nas relações interpessoais. Essas fases da vida nos colocam diante de novos enfrentamentos que geram novos problemas, exigindo flexibilidade e grande capacidade de adaptação e transformação nos relacionamentos. Além disso, crises financeiras e/ou conjugais também estão entre as grandes dificuldades a serem enfrentadas na vida, abalando profundamente a relação consigo próprio.

Muitas são as conseqüências quando estamos em contínuo stress, mas nos deteremos no aspecto que mais nos preocupa devido ao perfil que a função policial exige: irritabilidade e agressividade que levam à violência nos procedimentos de trabalho, nas relações familiares e nas relações de forma geral. Neste aspecto nos deparamos com um grande problema: essa irritabilidade/agressividade gera um ambiente ainda mais desorganizador e, como resultado, temos muito policiais e/ou familiares apresentando transtornos de ordem afetiva, de ansiedade, de humor, entre outros que podem levar, em casos extremos, ao suicídio. Nesses casos o suicídio é visto como a única solução, carregado de sensação de “sem saída”, de profunda impotência e desamparo, de sensação de morte e de grande desespero.

O fator que mais dificulta a busca da solução dos conflitos de ordem psicológica é a negação do problema e a recusa em encará-lo.

Ainda hoje, dizer que estamos com problemas que não conseguimos resolver é sinal de fraqueza e procurar um psicólogo para conversar continua sendo um tabu. Em que uma pessoa que não me conhece pode me ajudar? O que as pessoas vão dizer se me verem por lá?

Esse tabu, como tantos outros, só serve para nos prejudicar. Conversar com um psicólogo clínico é organizar nossas idéias e sentimentos em relação a muitas coisas. Não é o psicólogo quem organiza. O psicólogo acompanha, oferecendo um espaço reservado para falarmos dos problemas e descobrirmos formas de resolvê-los. Conversar sobre as experiências que geram sentimentos difíceis de lidarmos produz muitos benefícios que só são observados por quem utiliza o serviço e pelas pessoas que o cercam. Se você perceber que um colega ao seu lado está diferente (alegre demais ou triste) procure saber o que está acontecendo com ele e estimule-o a procurar ajuda com alguém especializado.

Desde 1997 foi implantado o serviço de Atendimento Psicológico ao policial civil e/ou seus familiares com o objetivo de promover a saúde do policial, tendo atingido o recorde no ano de 2001 com um total de 1042 atendimentos. Em 2004 fomos transferidos para a ACADEPOL. As dificuldades para a utilização do serviço pelo policial foram percebidas pela diminuição da procura. Em janeiro de 2008 conseguimos um novo espaço, em local mais central e reservado, porque nosso objetivo é dispor de um espaço onde o policial e/ou seus familiares possam falar de suas dificuldades diárias, seja no trabalho ou na vida pessoal, possibilitando um entendimento mais claro a respeito de si e do outro, diante de situações conflituosas, incrementando maior qualidade nessas relações.

Setor de Assessoramento Psicológico - SAP
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