Perigo: Carrinha de transporte força evacuação em Lisboa
Nitroglicerina à solta
Quatro frascos de nitroglicerina estavam arrumados em plena farmácia, um quarto de litro capaz de fazer explodir parte do Largo de Santos, em Lisboa. A remoção foi pedida a uma empresa especializada. “Havia ali produtos perigosos com sessenta anos”, adianta ao CM fonte policial. O transporte estava marcado para a manhã de ontem, mas, quando o motorista viu o que levava fugiu do carro e chamou a PSP. Um quarteirão foi evacuado.
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[size=9]A informação caiu às 12h10 no Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo da PSP – em poucos minutos “o trânsito foi cortado no Largo de Santos e todo um quarteirão evacuado”, entre lojas e cafés, na zona onde a carrinha passava quando o motorista viu os frascos e teve noção do perigo.
“As guias não referiam a nitroglicerina e foi nessa altura, ao parar num sinal, que ele terá visto os rótulos com atenção e fugiu do carro”, conta um agente. Ninguém na farmácia “da zona de Santos” terá avisado o motorista da presença dos explosivos – a nitroglicerina é um composto usado em alguns medicamentos para o coração. O funcionário da empresa só teve tempo de deixar tudo para trás e chamar a PSP.
Foi montado um perímetro alargado de segurança. “Mais de trinta agentes” correram ao local, adianta ao CM uma moradora. Foi também chamado um dispositivo de prevenção dos Sapadores. A equipa de inactivação de explosivos chegou e os especialistas, “equipados”, fizeram a remoção cuidadosa para a sede desta unidade da PSP, em Belas, onde a nitroglicerina foi implodida.
O Largo de Santos só voltou a ser aberto ao trânsito às 13h50, “trata-se de um explosivo extremamente instável e em estado puro é sensível a qualquer movimento brusco”, disse ao CM um perito em explosivos.
A nitroglicerina é a base da dinamite, só assim consegue alguma estabilidade. “Mas a remoção é sempre complicada – a explosão de um quarto de litro [na farmácia, em estado líquido] é capaz de causar feridos em todo um quarteirão”.
Henrique Machado
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=261009&idCanal=10
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