Equipamentos fundamentais estão localizados em zonas sísmicas e são vulneráveis a actos terroristas.
Um estudo elaborado no âmbito do Conselho Nacional de Planeamento Civil de Emergência detectou 89 pontos críticos em infra-estruturas nacionais
Três quartos das infra-estruturas estratégicas nacionais estão em zonas de intensidade sísmica máxima e 60% localizam-se em locais que podem ser ‘atractivos’ para atentados terroristas. Destruir alguns dos equipamentos pode paralisar o país.
“Não queremos causar alarme”, garante um dos autores deste estudo. Os responsáveis pelo trabalho, feito no âmbito do Conselho Nacional de Planeamento Civil de Emergência (CNPCE), do Ministério da Defesa, estão há quatro anos a formar esta base de dados, a maior que alguma vez se fez no país.
“Se queremos definir prioridades de acção face às possíveis ameaças a que estas infra-estruturas possam vir a estar expostas, este conhecimento é determinante”, explica o general Vasconcelos Piroto, vice-presidente daquele órgão. Este conselho, presidido pelo ministro da Defesa, é o organismo de consulta do primeiro-ministro numa situação de crise (calamidades ou atentados) e inclui representantes dos sectores estratégicos nacionais, de acordo com o que está definido pelo Sistema Nacional de Gestão de Crises.
Valentina Marcelino
Jornal "Expresso"